E a Argentina realmente mandou bem neste filme vencedor do Oscar de Filme Estrangeiro. História sólida, personagens bem construídos, direção impecável do Juan Campanella (O Filho da Noiva).
O filme se inicia nos dias atuais, quando conhecemos Benjamim, um oficial de justiça aposentado que está tentando escrever um romance baseado em suas experiências pessoais, principalmente um caso criminal de 25 anos atrás que foi acompanhado por ele, e que envolveu o assassinato brutal de uma jovem. Ele procura a promotora da época, que foi sua chefe e amor reprimido, hoje juíza, para lhe contar seu intento. Logo, fatos do passado voltam a ocupar todo seu pensamento ou, voltam a ocupar mais intensamente.
O longa nos remete ao passado afim de mostrar os acontecimentos que envolveram não só ele e a chefe como também, o viúvo da jovem, cujo amor pela moça o deixara impressionado, o assassino, descoberto por causa de uma foto do passado da morta em que dirige um olhar obsessivo para ela, e, o subordinado alcoólatra que o ajudou nas investigações. Provoca também muitas reflexões sobre a vida e suas paixões ou, obsessões. Será que é bom, ruim, pode definir quem somos em nosso íntimo? Muito bom!
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