E capitão Nascimento tá de volta, agora tenente-coronel e, no decorrer do filme, agente da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro. E é nesta nova função que ele vai perceber que combater o crime e a corrupção no Brasil é uma tarefa praticamente impossível. Porque o Sistema, de Brasilia aos demais Estados brasileiros, está todo corrompido e a força minoritária não tem "força" para acabar com isso, no máximo, causar alguns arranhões em parceria com a imprensa.
Além de Nascimento, o filme destaca personagens importantes como: um ativista humanitário que se torna deputado estadual, o capitão Matias, do primeiro filme, que é rebaixado após uma operação mal sucedida e cuja relação de amizade com Nascimento fica estremecida, e, um policial militar corrupto que procura tirar proveito quando começam as operações milicianas nos morros cariocas. O filme faz um apanhado fictício, porem calcado na realidade, de aspectos relevantes no combate ao crime e ao tráfico de entorpecentes, criticando fortemente as autoridades políticas, representadas no filme por um bom time de atores, que estão mais interessas em manter o poder e salvaguardar interesses pessoais do que cumprirem suas funções como representantes do povo.
Competentemente dirigido por José Padilha, o filme é impecável no roteiro e condução das cenas. Pesa um pouco no drama mas nada que comprometa a eficácia do discurso. E é muito bom ver Nascimento botar pra quebrar de novo, osso duríssimo de roer!
